Não falo de ti,
quanto muito falo de mim.
Falo da minha imagem reflectida no espelho,
falo da minha sombra,
do meu retrato,
da minha caricatura,
das minhas feições e afeições,
falo dos meus defeitos e preconceitos,
do que adoro, do que odeio
do que colho, do que semeio
mas nunca de ti.
Para quê pronunciar palavras que o vento vai levar?
[RC]
Sem comentários:
Enviar um comentário